quarta-feira, 23 de maio de 2012

Estudantes paulistas do MMDC eram mortos há 80 anos na capital. A morte deles serviu de estopim para a Revolução Constitucionalista de 1932


  Por: Davi Marques Pastrelo

 Em 23 de maio de 1932 eram mortos pelas tropas federais em São Paulo – SP, os quatro estudantes que deram origem à sigla M.M.D.C. A morte dos estudantes Mário Martins de Almeida (M), Euclides Miragaia (M), Dráusio Marcondes de Sousa (D) e Antônio Camargo de Andrade (C) ficou conhecida como o símbolo da revolução paulista, e serviu de estopim para a Revolução Constitucionalista de 1932.

A Revolução Constitucionalista teve como origem o descontentamento de vários setores da sociedade paulista às políticas implantadas por Getúlio Vargas e o núcleo desse movimento foi a aliança entre o PRP (Partido Republicano Paulista) e o Partido Democrático, até então velhos adversários do cenário político de São Paulo. A essa união juntaram-se a classe dominante e a classe média paulista e outros setores descontentes como o exército.

Atualmente, as iniciais MMDC são o nome de uma rua no bairro o Butantã em São Paulo ao lado da rua Miragaia, da rua Martins, da rua Dráuzio e da rua Camargo, e batizam um colégio situado na Rua Cuiabá, 667, no bairro paulistano da Mooca. Além disso, duas importantes vias da capital paulista são chamadas de 23 de Maio e 9 de Julho, data do início da Revolução Constitucionalista.

Alguns historiadores utilizam a sigla MMDCA em homenagem a Orlando de Oliveira Alvarenga, ferido juntamente com seus colegas, mas que veio a falecer em agosto de 1932 em razão dos ferimentos. Para homenagear Alvarenga, o governo paulista criou o "Colar Cruz de Alvarenga e dos Heróis Anônimos".

Araraquara: 
Em Araraquara, a antiga "Rua do Commercio" passou a se chamar Rua Nove de julho após a Revolução de 1932.  Durante o conflito, seis soldados araraquarenses morreram em combate: Bento de Barros, Diógenes Muniz Barreto, Joaquim Alves, Joaquim Nunez Cabral, José Cesarini e Waldomiro Machado.

 Foto: Davi Marques Pastrelo

Seus nomes estão numa placa de bronze na estátua em homenagem à Revolução Constitucionalista na Avenida Bento de Abreu, no bairro da Fonte Luminosa.

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